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Guerra Fria 'feelings': chanceler russo usa moletom com acrônimo URSS ao chegar para encontro de Trump e Putin no Alasca

g1.globo.com
Guerra Fria 'feelings': chanceler russo usa moletom com acrônimo URSS ao chegar para encontro de Trump e Putin no Alasca


O chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, fala à imprensa estatal russa ao chegar no Alasca para reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, em 15 de agosto de 2025.
Reprodução/ Redes sociais
Um certo clima de Guerra Fria pairou sobre o Alasca nesta sexta-feira (15), onde os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se reunirão nesta tarde.
Ao chegar ao estado norte-americano, nesta manhã, o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, trajava, segundo a agência estatal russa Tass, um moletom com a inscrição CCCP, o acrônimo em russo para a União Soviética,
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Uma série de imagens que inundaram as redes sociais mostram o momento em que o chanceler, que tem sido a voz de resposta a recentes ameaças feitas por Trump de novas sanções à Rússia, chega ao hotel onde ficará hospedado com a roupa.
Lavrov inclusive deu entrevistas à imprensa na porta do hotel com o moletom — embora vestisse também um colete por cima, que tampou parte do acrônimo.
A União Soviética (URSS) foi o estado formado a partir da Revolução Russa de 1917 e que abrangia 15 repúblicas formadas por todo o território russo mais atuais países do leste europeu. A URSS colapsou em 1991, marcando também o fim da Guerra Fria, quando EUA e Rússia disputaram influência pelo mundo.
Mas não foi só o moletom do chanceler russo que fez o encontro entre Trump e Putin despertar memórias do conflito: coincidência ou não, a reunião foi marcada em uma base no Alasca que, no passado, foi usada pelos EUA para espionagem das atividades da URSS (leia mais abaixo).
Animação mostra local que sediará encontro entre Trump e Putin no Alasca
A reunião entre Trump e Putin vai acontecer em uma base militar no Alasca que foi crucial para os norte-americanos conterem a União Soviética durante a Guerra Fria — e que desempenha um papel até hoje.
Localizada em Anchorage, a atual Base Conjunta Elmendorf-Richardson foi criada em 2010 a partir da fusão da Base Aérea de Elmendorf e do Forte Richardson do Exército, que durante grande parte da Guerra Fria atuaram no monitoramento e prevenção de ações da União Soviética.
Ao longo de sua história, a base abrigou um grande número de aeronaves e supervisionou operações de diversos radares destinados a detectar atividades militares soviéticas e possíveis lançamentos nucleares. Nessa época, ganhou o lema “Cobertura Aérea para a América do Norte”, segundo o site da própria base.
Embora boa parte do equipamento militar tenha sido desativada, a base ainda abriga esquadrões de aeronaves importantes, incluindo o caça furtivo F-22 Raptor. Aviões dali também continuam a interceptar aeronaves russas que frequentemente entram no espaço aéreo dos EUA.
Por que Trump e Putin vão se encontrar no Alasca e outras 4 perguntas
Avião sobrevoa Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no Alasca, palco do encontro entre os presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, se encontrarão. Foto de 13 de agosto de 2025.
REUTERS/Jeenah Moon
O presidente dos EUA Donald Trump e o presidente da Rússia Vladimir Putin apertam as mãos durante encontro em Helsinki, na Finlândia
Kevin Lamarque/Reuters
O encontro dos líderes em uma base militar americana permite evitar protestos e oferece um alto nível de segurança, afirmou Benjamin Jensen, pesquisador sênior de defesa e segurança no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank (centro de estudos que conecta pesquisas acadêmicas a políticas públicas) sediado em Washington D.C.
“Para o presidente Trump, é uma ótima forma de mostrar a força militar americana, ao mesmo tempo em que isola a capacidade do público de interferir no que ele provavelmente espera que seja um diálogo produtivo”, disse Jensen.
Ele acrescentou que o local permite que Trump fortaleça laços com Putin, enquanto sinaliza "poder militar para tentar obter vantagem nas negociações e tornar possível um segundo encontro".
A ironia da visita de Putin a uma base militar americana que há muito tempo — e ainda hoje — tem como objetivo conter ameaças russas surge no momento em que Trump trabalha para alcançar um acordo de cessar-fogo na guerra que ele prometeu, durante a campanha de 2024, encerrar rapidamente.
Fotos de arquivo mostram a base americana Elmendorf-Richardson, no Alasca, onde Putin e Trump devem se encontrar na sexta (15).
Força Aérea dos EUA/Airman 1st Class Hunter Hites
Autoridades da Ucrânia e da Europa temem que a reunião a portas fechadas, sem a participação deles, possa levar a um resultado que favoreça os objetivos russos.
O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que Trump foi “muito claro” ao dizer que os Estados Unidos querem alcançar um cessar-fogo na cúpula. Macron falou após uma reunião virtual entre Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e outros líderes europeus.
Trump já disse que qualquer acordo importante pode envolver trocas de território e que Zelensky e Putin poderiam se encontrar em seguida, ou ele poderia se reunir com os dois líderes.
“Há uma boa chance de termos um segundo encontro, que será mais produtivo do que o primeiro, porque no primeiro vou descobrir onde estamos e o que estamos fazendo”, disse Trump a repórteres nesta quarta-feira (13). “Será uma reunião muito importante, mas que vai preparar o terreno para o segundo encontro.”
Trump pretende se encontrar com Zelensky e Putin




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