Deputada federal Carla Zambelli é presa na Itália
O advogado da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), Fábio Pagnozzi, afirmou que a audiência que estava marcada para esta quarta-feira (13) sobre o caso da parlamentar, na Itália, acabou encerrada sem uma reavaliação da prisão.
Segundo o representante legal de Zambelli, ela passou mal durante o procedimento, precisou ser atendida e depois voltou ao tribunal.
A audiência na Corte de Apelação foi encerrada sem uma reavaliação da prisão de Zambelli. Ela continuará presa até que a Justiça italiana avalie sua condição de saúde.
De acordo com Pagnozzi, a defesa da deputada na Itália vai apresentar um documento de 84 páginas com pareceres médicos. O objetivo é pleitear que Zambelli aguarde a decisão sobre a extradição em liberdade ou prisão domiciliar.
Ainda segundo o advogado, o juiz da Corte de Apelação deve determinar que um perito médico oficial faça uma avaliação da saúde da deputada, para só depois decidir se mantém ou não a prisão.
A deputada federal Carla Zambelli (PL- SP) participa uma coletiva de imprensa na sede de seu partido no bairro de Moema, na zona sul da cidade de São Paulo.
FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO
Zambelli fugiu do país
Zambelli deixou o Brasil no final de maio, dias após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023.
Segundo o STF, o crime foi cometido em parceria com o hacker Walter Delgatti, que está preso em Tremembé, interior de São Paulo.
O objetivo da invasão foi tirar a credibilidade dos sistemas do Judiciário, em um momento em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro questionavam o resultado da eleição.
O Brasil pediu à Itália a extradição da deputada, que estava considerada foragida. Ela foi presa por autoridades italianas no final de julho, após seu nome ter sido incluído na lista da difusão vermelha da Interpol, a polícia internacional.
Além de condenar Zambelli à prisão, o STF determinou a perda do mandato. O processo de cassação está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).