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Porto Velho,07/08/2025

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Casarão dos Ingleses: O Legado da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Descubra a história por trás do icônico casarão em Porto Velho e a influência dos irmãos Collins e da família Suarez.

Alzir Queiroz
 Casarão dos Ingleses: O Legado da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré Redação Boto na Rede

Casarão dos Ingleses: Entenda o Vínculo com a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

 Introdução

O Casarão dos Ingleses, localizado em Porto Velho (RO), é um patrimônio arquitetônico que remete a um período histórico significativo da Amazônia, especialmente durante a borracha. A construção, que apresenta um estilo arquitetônico distintivo, está envolta em mistérios e teorias sobre seus habitantes e sua relevância para a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM).

Teorias sobre o Casarão

Existem duas principais teorias sobre a ocupação do Casarão dos Ingleses. A primeira sugere que a casa foi habitada por ingleses, enquanto a segunda aponta que seus moradores eram bolivianos. Ambas as narrativas estão ligadas à construção da EFMM, que se estende por 366 quilômetros, ligando Porto Velho a Guajará-Mirim. 

A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

A EFMM foi um projeto crucial para a consolidação da fronteira brasileira com a Bolívia e promoveu a colonização de extensas áreas do território amazônico. A cidade de Porto Velho foi fundada em 4 de julho de 1907, como um marco do desenvolvimento da região.


Os Irmãos Collins

A teoria que atribui a construção do Casarão aos irmãos Phillip e Thomas Collins, engenheiros da P & T Collins, é a mais reconhecida. Chegando a Santo Antônio em 19 de fevereiro de 1878, os irmãos idealizaram a casa como um centro de operações da empresa, onde a parte superior servia como residência e a inferior como escritório.


A História de Suarez

Por outro lado, a versão boliviana relaciona-se com a família Suarez y Hermanos, liderada por Suarez Calhaú, um empresário conhecido como o “rei da borracha”. Suarez foi um dos acionistas da EFMM e construiu sua residência com materiais importados da Inglaterra. O Casarão funcionava como uma pousada para seus clientes, supervisionado por seu irmão.

O Declínio da Borracha e o Abandono do Casarão

Com a desvalorização da borracha, resultante do contrabando de sementes para a Malásia, a família Suarez deixou a região. O Casarão passou a ser conhecido como "Casarão dos Ingleses", especialmente após ser ocupado pelo grileiro inglês James Byron Chorte, que enfrentou problemas legais durante o Regime Militar.

Ao longo dos anos, o local teve diferentes funções, incluindo a de Iate Clube de Porto Velho e espaço para eventos, até que uma usina hidrelétrica foi construída nas proximidades, levando à sua administração temporária pela Santo Antônio Energia. Após essa fase, o Casarão caiu novamente em abandono.

A Relevância Histórica da EFMM

A construção da EFMM começou a ser planejada em 1878, mas enfrentou diversos desafios, incluindo doenças e falta de recursos. Apesar disso, a ferrovia foi finalmente concluída em 1912, mas logo se tornou inviável devido à concorrência internacional e à recessão econômica.

Após décadas de operação, em 1966, a ferrovia foi desativada, e em 1972, o abandono foi total. No entanto, a mobilização da população e iniciativas de preservação levaram à recuperação de um trecho da ferrovia em 1981, garantindo que a história da EFMM e do Casarão dos Ingleses não fosse esquecida.

Conclusão

O Casarão dos Ingleses e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré são símbolos da rica e complexa história da Amazônia. A preservação deste patrimônio é vital para manter viva a memória dos desafios enfrentados por aqueles que contribuíram para o desenvolvimento da região.




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