Uma vereadora de Belo Horizonte protocolou recentemente um Projeto de Lei municipal que leva o nome “Lei Felca”, inspirado no impacto da denúncia do influenciador digital Felca (Felipe Bressanim Pereira) sobre a adultização e sexualização de menores nas redes sociais. A iniciativa surge como um reflexo direto da comoção provocada pelo vídeo de Felca, que está mobilizando discussões em todo o país.

Contexto e impacto da denúncia

No dia 6 de agosto, Felca publicou um vídeo de quase uma hora expondo perfis de redes sociais que, segundo ele, expõem crianças e adolescentes em conteúdo de conotação sexual — com danças sensuais, festas e cenários inapropriados. O caso mais emblemático envolve o influenciador Hytalo Santos e a jovem Kamyla Santos, que começou sua exposição online aos 12 anos e, aos 17, ainda aparece em publicações sexualizadas. A repercussão foi imediata: o vídeo viralizou, ultrapassando dezenas de milhões de visualizações, e levou à suspensão dos perfis envolvidos.

Mobilização legislativa em BH
A repercussão nacional chegou à Câmara Municipal de Belo Horizonte. Vereadores de diferentes espectros políticos, como Pedro Rousseff (PT) e Pablo Almeida (PL), protocolaram propostas inspiradas pela denúncia de Felca. Ambas têm como objetivo proteger crianças e adolescentes da perniciosa “adultização digital” 
Vale destacar também o projeto da vereadora Felca, que nomeia sua proposta de “Lei Felca”. Embora os detalhes exatos do texto ainda não tenham sido divulgados na imprensa, a mensagem clara da imagem anexa indica seus objetivos:
• Combater a erotização e adultização de crianças;
• Garantir proteção da infância contra conteúdos impróprios nas redes;
• Transformar em prioridade legislativa a defesa dos menores 

A imagem compartilhada em feeds mostra a vereadora com ar firme e a frase: “Projeto de Lei de combate à erotização e a adultização de crianças e adolescentes!”, juntamente com o destaque “Lei Felca! Protocolada em BH”, reforçando o tom de urgência e seriedade da proposta.

Por que isso é relevante?
• Unificação de sensibilidades políticas: O tema tem unido voz entre esquerda e direita, reforçando que proteger a infância transcende posicionamentos ideológicos  .
• Articulação federal e local: Essa onda legislativa local em BH acompanha o movimento que já acontece em âmbito federal, com a Câmara dos Deputados pautando projetos para penalizar e criminalizar práticas de exploração digital infantil — incluindo a criação de regras rígidas para plataformas digitais, algoritmos, filtros e responsabilização  
• Pressão da sociedade digital: O poder mobilizador das redes sociais fica evidente — um vídeo viral desencadeou ações legislativas rápidas e abrangentes.