Parlamentares de oposição no Senado anunciaram que reuniram 41 assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Esse número representa a maioria absoluta da Casa e o mínimo exigido para que o processo possa iniciar sua tramitação.

O avanço do movimento foi impulsionado pela recente decisão de Moraes que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, fato que gerou forte reação entre parlamentares da oposição e aumentou a pressão por uma resposta institucional.

Mesmo com a maioria necessária já declarada, o andamento do pedido depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União–AP). Até o momento, ele sinalizou que não pretende pautar o pedido, o que pode travar o processo mesmo com apoio formal suficiente.

Se o impeachment for autorizado a tramitar, o processo prevê a formação de uma comissão especial, apresentação de defesa, e votação no plenário. Para o afastamento do ministro, seriam necessários 54 votos favoráveis — ou seja, dois terços dos senadores.

O cenário marca um novo capítulo na crescente tensão entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, com desdobramentos que podem redefinir o equilíbrio entre os Poderes no país.